sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Desfecho de Alice

Alice não sabia mais o que fazer. Tentava dominar os sentimentos de angústia e ansiedade distraindo a cabeça com revistas, livros e ilustrações. Procurava ocupar a sua mente com todo tipo de atividade para sequer ter tempo de hesitar ou ter recaídas. Ela sabia que a hora havia chegado e que de nada adiantaria simular qualquer chama de esperança.
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Sua situação era muito delicada. Estava no seu limite físico e emocional. Extremamente cansada pelas noites ora mal dormidas, ora de insônias crônicas. E por mais que não quisesse pensar no assunto, por mais que já tivesse tomado sua decisão, um sentimento maior do que ela, latejava em seu peito e ressoava em sua cabeça, tal qual badaladas de um pesado sino de igreja em dia de festa.
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Ao mesmo tempo que queria ser forte e dar de forte, reconhecia-se sensível e humana. Alguém de carne e osso. E por mais que tentasse, sabia que seria impossível apagar tudo o que vivera em 3 anos de vida, da noite para o dia. Já esgotada, resolveu tomar aquele que seria o seu último banho naquela banheira, naquela casa.

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